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  As Duas Grandes Leis Espirituais

  Prefácio
 
Apresentação

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1 Cap.2
 
1 Cap.3
 
1 Cap.4
 
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1 Cap.6
 
1 Cap.7
 
1 Cap.8
 
1 Cap.9
 
1 Cap.10
 
1 Cap.11
 
1 Cap.12

  2 Cap.1
 
2 Cap.2
 
2 Cap.3
 
2 Cap.4

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3 Cap.2
 
3 Cap.3
 
3 Cap.4
 
3 Cap.5
 
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3 Cap.10

As Duas Grandes Leis Espirituais
Descerrando o véu que oculta o Mistério da Vontade de Deus

Segunda Parte, Capítulo 4
A CRISE MUNDIAL E A VERDADEIRA DOUTRINA DO CRISTO

Volta agora, depois de um interregno de muito mais de mil e seiscentos anos, a ser ensinado no mundo o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, para recomeçar o Seu Reinado na Terra, antes do fim do ciclo, conforme anunciaram os Profetas.

Mas, antes, façamos uma breve descrição do caos reinante, manifestado desde então como uma consequência lógica. Fracassaram todas as religiões, todos os métodos e todos os sistemas, com o pavoroso espetáculo contemplado com a maior das guerras, a Grande Guerra Mundial, que causou diretamente, em quatro anos, mais de 20.000.000 de vítimas! Além das consequências que sofreu toda a Humanidade e que ainda perduram.

"E depois destas guerras, princípio de dores": apresentaram-se problemas jamais previstos e insolúveis que mantiveram e mantêm o mundo em uma situação mais grave ainda que no período de 1.912-1.918: a falta de trabalho, a carestia de vida, novas guerras e revoluções; terremotos, imundações, secas, epidemias; temores de outras guerras inevitáveis, piores que as anteriores; fatores todos estes de onde dimanam múltiplas preocupações que todos os Governos do mundo têm procurado e procuram resolver, sem poder alcançar o objetivo visado, devido ao fracasso das conferências mundiais econômico-financeiras, como também ao resultado ineficaz da Liga da Nações e dos acordos internacionais para a "limitação dos armamentos".

Consequentemente, desse estado de coisas surgiu outro perigo gravíssimo: a febre armamentista, posta em evidência com os enormes orçamentos de guerra em todas as nações, cujos Governos se vêem forçados a criar, constantemente, novos encargos para os povos, umas para levar a efeito planos de predomínio, outras para prepararem sua defesa, nestes tempos em que os tratados internacionais e o respeito às "soberanias" estão em completa decadência, anunciando dias sombrios para o futuro, se não refletirmos a tempo sobre a verdadeira causa de tantíssimos males, que não se devem considerar somente do ponto de vista material, mas porque a humanidade separou-se imensamente do Verdadeiro Caminho.

Estamos em uma das épocas mais críticas que o mundo tem atravessado; e, como sempre acontece, depois das grandes tormentas, vem a bonança... é o fluxo e o refluxo...

Não obstante o trabalho perseverante das sociedades espiritualistas em favor da paz e da confraternização universal, não conseguiram impedir os fatos consumados, porque a avalanche da maioria materialista seduziu as multidões, cegando-lhes a consciência, e em outros casos não podiam as nações opor-se à defesa que naturalmente induz a todo aquele que é atacado, senão pelo próprio indivíduo, pela sua Pátria, pela civilização que passou e passa por períodos críticos, como vimos desde 1912, início da grande crise econômica mundial, e que teve como resultado o fatal golpe de 1914, ano em que começou uma era de incertezas e de novas angústias, as quais, apesar dos esforços empregados, tendem a manter esse estado de perturbação que anulou a estabilidade de uma civilização que se baseasse na paz internacional.

É uma situação excepcional a que atravessamos, pois falta experiência para resolver os problemas oriundos das pesadas crises econômicas que, na realidade aparente, são a origem das desarmonias e lutas internacionais.

Mas, em meio deste estado caótico em que se encontra o mundo, existe grande número de pessoas que compreendem perfeitamente que as anormalidades manifestadas coincidem com os anúncios proféticos das Sagradas Escrituras.

Então, não podemos deixar de considerar o fato de que não se deve julgar pelas aparências, mas estudar o foco do mal, na consciência do homem, que inconscientemente cavou a sua ruína, absorto na contemplação de um vida fortemente materialista, que inclui a materialidade daquilo que devia ser fonte de salvação espiritual e material: as Doutrinas emanadas da Verdade, mas que foram deturpadas.

Erram grandemente os que atribuem os fenômenos sociais e políticos, guerras e revoluções, crises econômicas, bem como todos os males, a causas externas originadas em consequência de coisas completamente naturais; não é assim, porque a causa originária está na consciência dos homens, que recebem o que dão e dão o que recebem ou, em outras palavras, cada qual colhe aquilo que semeou no seu próprio espírito.

Os pensamentos dos homens são forças cuja energia se transforma em ações físicas, pensamentos condensados, cristalizados, na maioria das vezes, muito além dos limites da previsão humana, que não alcança ver nem supor a realidade das consequências!

São os pensamentos, forças em luta de interesses egoístas, afastados da Verdade, os causantes dos grandes sofrimentos da Humanidade.

Para livrarem-se os homens da desunião reinante, produto da ambição, devem unir-se à Verdade, ligarem-se a Deus, integrarem-se na Luz que ilumina as almas e mostrar-lhes-á o Caminho da Felicidade.

Sem essa Luz que aquece o coração, os homens caminham cegos e, julgando-se sábios, são induzidos à sua destruição e à dos seus semelhantes; tornam-se joguetes de uma infinidade de forças brutas, inconscientes, que atuam como explosivos poderosos em mãos inexpertas.

A Doutrina de Cristo é a única que salvará aos homens que a aceitem, pondo em prática os seus postulados, fáceis de realizar, pois todas as grande LEIS, reguladoras da matéria, como as do ESPÍRITO UNIVERSAL, de onde emanam, caracterizam-se pela sua surpreendente simplicidade.

Leiamos tranquilamente, confiantes, atentos, a Terceira Parte desta obra, procurando assimilar o MISTÉRIO que é revelado e em cujo conhecimento baseia-se a nossa UNIFICAÇÃO COM DEUS.

Revistamo-nos de serenidade, renovando os nossos pensamentos com a alta e sincera aspiração de chegar à VERDADE. Do contrário, teremos que suportar as consequências dolorosas da nossa falta de previsão, pois, pelas profecias realizadas e pelas confirmadas nos tempos atuais, estamos claramente no princípio do fim.

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